quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Shiny happy London

Em meio a uma atmosfera cinza, ingleses, indianos, paquistaneses, africanos, chineses, brasileiros vivem no caos de suas vidas anônimas. Vivi meus dias londrinos que em nada lembram o cinza de 10 anos atrás. Ou o caos.


Ao som, energia e astral de "Here comes the sun”, divido a seguir, meus prazeres e experiências londrinas numa versão ensolarada, florida, feliz. Welcome to my shiny happy London days in slow motion!
Uma brasileira, parceira, amiga com life style londoner pra compartilhar o melhor de Londres ...
St. James Park
uma cama confortável e quentinha na casa do casal de novos velhos queridos amigos. Sem hora pra acordar, sem agenda pra cumprir, horas de prosa, vinhos e queijos deliciosos nas madrugadas londrinas ... 

manhãs, tardes e noites no pub The Red Lion and Sun vivendo uma vida quase londrina regada a pints e mais shots de Amstel, Cyder, Jägermeister, Single Malt... 
Sob comando do meu conterrâneo PC (casal acima) e sociedade do neozelandês Heath, o pub é sucesso garantido pra uma experiência puramente londrina: no charmoso bairro de Highgates, o pub impressiona quando o assunto é uma pint bem tirada, carta variada de bebidas, gastronomia que não deixa a desejar numa terra que ainda pertence ao fish and chips. O público predominante inglês - coisa rara em Londres, ultimamente – varia em faixa etária, profissão e estilo. O charmosérrimo Clive Owen do Closer é frequentador assíduo - mora nas redondezas. E cruzei com o diretor de TV inglês referência em comédia, Terry Jones.

uma noite interessante com chefs de cozinha, bartenders, uma fotógrafa e um milionário dono de metade dos pubs londrinos, com um conversível estacionado na porta do pub. Todos na mesma mesa de pub numa sequência de shots de
Jägermeister
mais shots de Jägermeister num ponto de ônibus qualquer pra brindar o encontro com um amigo australiano querido que conheci na Bahia (dúvida: Como ninguém havia me apresentado Jägermeister até então?!)

... o melhor do fast food mais hype e underground de Londres
Nova febre londrina, The MeatWagon, o carrinho de burguer itinerante é seguido no twitter (@themeatwagonuk) por milhares de carnívoros doidos pela novo endereço. Tive a sorte do carrinho escolher The Red Lion and Sun pro meu 1o dia de Londres. Depois do último burguer na chapa, os donos do movimento juntaram-se a nós pra uma pint e cometi a ofensa de mencionar o quão famosos eles estão.  O que ouvi foi algo do tipo: "Popular? Absolutely not. Not our idea to grow as a popular brand. I'd say underground. And let us stick to that". Cool, han?! Entendem porque Londres ao lado de Istambul e Hong Kong vêm desbancando Paris e NY quando o assunto é gastronomia? Culinária vanguardista, meus queridos...

... um casamento nos fundos do pub.
 
A arte de fazer nada durante deliciosas horas de royal parks
Green Park

... perder a noção da hora admirando a grandiosidade da London Eye (sem a menor necessidade, vontade ou remorso por escolher o dia lindo lá de baixo ao invés de 2hs de fila quilométrica por uma vista de cima!)
... curtir a energia colorida, artística e vibrante de Soutbank ...

... e a delicadeza poética de Bankside

... experimentar a intensidade em forma de arte do Tate Modern...

... e o melhor do sexo, drogas e rock n' roll explícito em fotografias, filmes e relatos da mostra Exposed
 Exposed: Voyeurismo, Surveillance & the camera - mostra Tate Modern
  
... e pra fechar um dia feliz, um pôr do sol às 9pm nas margens do Rio Tâmisa.

 
Uma manhã sozinha num tal lugar chamado Notting Hill. Comprinhas na feira de antiguidades, delícia gastronômica sentada na sarjeta de Portobello Road ... 

... e o desejo de uma vida mais slow

... um último pôr do sol londrino de tirar o fôlego: Hyde Park com Cyder, chips e 2 amigos queridos


... uma tarde no reduto fashion, cool, vintage, do bairro mais lado B de Londres: Camden Town. Melhores brechós de uma vida
Camden Lock Market, Camden Town


 
... e minha última pint londrina no pub The Hawley Arms Pub, no melhor estilo Amy Winehouse (Checa a cena ao fundo que very londoner! Frequentadora assídua, Amy escolhe o pub como palco de alguns de seus vários escândalos)
... e como ninguém é de ferro... Uma voltinha na caótica, nada slow e meca do consumo, Oxford Street. Alguns CDs de novas bandas britânicas na HMV, voltinha esgotante na gigante loja de departamento Selfridges e achados a preço de banana na H&M, Primark e River Island e Top Shop.

Fecho meus dias londrinos com nostalgia ao som de uma das mais belas músicas da história dos Beatles, interpretada por aqueles mesmos ingleses, indianos, paquistaneses, africanos, chineses, brasileiros que vivem no caos de suas vidas anônimas. A música é triste, o dia está cinza, mas sentem a energia dessas pessoas? Eu sinto... Thank you London for shiny happy days!

Um comentário:

  1. GOD SAVE THE QUEEN!!!!

    Que orgulho ter uma amiga que sabe expressar com sentimentos tão mistos aquilo que experimentou! Londres, por toda sua historia, mexe com a gente sempre! Todos os dias que morei lá conheci algo ou alguem novo!

    Beijos

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