quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Once upon a time in Cardiff

For the old fairy tail days and childhood dreams: Once upon a time ...
... in far, far away land ... 
... there was a castle ...
... an old Cinderella dumped by Prince Charming ...  
...and a young princess dreaming about true love...
...a modern kitchen...
... and please... a double bed is SO necessary... 
Life as a princess apparently not THAT interesting... charming, but not for me.Back to reality, wild, not glamorous, cool, crazy life!
Voltei, queridos. Após uma abertura digna de contos de fadas infantis, bem vindos aos meus dias de volta à infância de Cardiff (Dos 8 aos 10 anos, morei com minha família nessa capital do País de Gales, que em nada me lembra ares e ritmo de capital européia).

Cheguei às 11 da noite na rodoviária de uma Cardiff chuvosa, deserta e pacata. E por desencontros e desorganização, sem o telefone do meu amigo de infância, Luke, que me receberia em sua casa. Após algumas tentativas sem sucesso de contatos, segui pra um hostel com bar nas suas estruturas (Depois da temporada etílica em Londres, inadimissível dormir sem antes tomar uma última pint de cerveja em temperatura ambiente. E numa cidade que não parecia ter uma loja de conveniência aberta naquela segunda-feira a noite, um pub no hostel era uma boa alternativa...). De novo, aqueles imprevistos felizes: No pub, conheci 2 típicos galeses e um escocês naturalizado cidadão de Cardiff músico e guia de Cardiff (www.myspace.com/trystanhuwclarke). Ele me relembrou a História da cidade, me ensinou o melhor da Folk Music na minha procura por boas bandas européias e se divertiu quando eu contei minha versão distorcida da História que afirma que o Cardiff Castle era o castelo da rainha enquanto o Castle Cogh (esse pequenino e de conto de fadas do começo do post) era da amante do rei. Eu juro que ouvi essa história nos meus dias de Cardiff... ou foi delírio de uma mente infantil fértil.  
Consegui falar com o Luke, e dia seguinte fui recebida numa casa e família deliciosamente welsh, com direito a xícaras e mais xícaras de chá com leite ( e eu ODEIO leite!), lençóis e edredon pink comprados especialmente pra mim (numa família de 3 filhos homens jogadores de rugby, acho que a fofa da mãe do Luke sempre desejou secretamente comprar roupa de cama feminina e eu fui a desculpa perfeita). Foi experiência pura ficar hospedada numa casa com uma rotina que me leva de volta aos 8/10 anos de idade (exceto que agora todas as casas têm chuveiro. Ufa! Confesso que me preocupei qual seria a dinâmica dos banhos numa casa welsh. Dia desses conto do meu trauma de infância com banhos europeus...).

Andei pelas ruas do bairro Birchgrove, voltei a Richs Road, achei a casinha onde moramos. 

Fui à escola onde estudei, mas não me deixaram entrar e reviver os dias de Van Gogh, Vikings, coral e lembrar cada centímetro de experiência naquela escola. Sequer me deixaram tirar foto da fachada! (Esses dias de paranóia e neurose com a preservação da integridade infantil me fizeram abdicar da mais pura experiência de infância.Tsc, tsc, tsc). 

Conheci o novo complexo gastro-cultural em Cardiff Bay. A cidade cresceu, evoluiu mas continua com o mesmo ritmo interiorano que me recordo. 


Apesar do céu azul, o dia foi tomado por uma tempestade e o máximo que eu consegui ver do gigante Caerphilly castle foi isso:


E pra fechar no melhor estilo welsh, um circuito pubs com meus amigos de infância Luke e David. Pra uma cidade pacata, a noite foi bem agitada...(Esses welshes bebem demais... Comecei a me preocupar com o intensivo etílico da próxima parada, Dublin...).
Não consegui dar uma voltinha pela Queen Street e fazer compras na Marks & Spencer. A Virgin do Capital Shopping fechou e não consegui encontrar o sorvete italiano de frutas secas de 15 anos atrás. Meu máximo de experiência com sabor de infância deu-se graças aos litros de apple juice que eu tomei. 

Voltar à infância me trouxe mais do que boas recordações. Compreendi a origem dos meus valores por uma vida mais simples, entendi que pra viajar não  é preciso pressa (meus pais só começaram a fazê-lo com 35 anos...) e comecei a me questionar sobre qual cidade, estado, país combina com o estilo de vida que eu quero construir. Talvez meu "processo reverso de apego" tenha começado aí... 

Próxima parada: Dublin, pints e Paul McCartney

Um comentário:

  1. Ahhhhh que saudades.

    Como assim eles tiram o piheiro da nossa casa?
    =(
    Fora essa mudança, só nosso hairstyle que mudou um pouco mais haha

    bjos irmã.
    *amo

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