terça-feira, 29 de março de 2011

Alguma coisa aconteceu no meu coração: 8 anos de São Paulo


Entre caixas, pensamentos e emoções, revivo o melhor desses 8 anos de São Paulo. Relembro pessoas, locais e momentos que marcaram uma vida. Os melhores anos de uma vida... Bem vindos aos meus anos de São Paulo. Aos que fizeram parte dos meus dias paulistanos, tem um pedacinho de vocês no post a seguir.  

Pelos anos de PUC: Manhãs, tardes e noites de cerveja de garrafa nos botecos da Ministro, melhores papos de uma vida na mureta, prédio velho vs prédio novo e enterro ao Capitalismo. Emoção ao primeiro batuque da bateria, 4 Economíadas e 1 PUC on the Beach. Tempos sem dinheiro de almoço no Mc e sobremesa no America. Sorvete Häagen-Dazs, Hans Dans ou Hugh Grant. Dias de hippie chic de fichário rosa da Guaraná Brasil, Rock n’ Roll de coturno, gata do surf e pati de bandana. Época de polêmica, de talvez sim, talvez não, de danças sensuais e fotos controversas. E uma garrafa de champagne ao fim da última aula de vida puquiana pra fechar os belos dias de faculdade.

Pelos dias de trabalho e pós trabalho: Vanillas no meio da tarde. Reuniões sob as jabuticabeiras de Cajamar. Épocas de "olhinho tá fechando mas a flor da pele...". Raves no banheiro. Sessões de Sex and the City. Cerveja em Campos pós meio dia. Almoços meninas. 5 cafés por dia. A lendária long-neck semanal no postinho que já deixa saudades. 

Por uma vida noturna acelerada: Um Urbano “mano yo” versão saltos, pérolas e scarpan. IDch festa estranha com gente esquisita, pé descalço, gato (versão animal) no balcão, dança em forma de macumba e sem jamais provar a bebida do meu signo. Muitas tequilas no Diquinta pra apagar da mente uma 1ª noite estranha por lá (homens de preto descendo as escadas com velas nas mãos ecoando um mantra esquisito). Tardes de Pandoro regadas a caju amigo, noites de Bailinho e uma única Gambiarra. Bourbon St., Teta e Madeleine por um bom jazz (e um bom date). E falando em date (e dates que viraram papo de mesa de bar...): Morrison (!!!). Finnegan's, O Malleys ou All Black por um rock em clima british/irish com uma pint de Guiness na mão. E salve St Patrick's day!  Tardes, fins do dia e noites de Vila Madalena. Incontáveis bares, pubs e achados etílico e um último achado Zona Oeste: Empório Sagarana. Do lixo ao luxo, de um passado decadente  ao novo e eterno: Armazém, Pucci, Ásia, Grazie, Espaço Turiassu, Club Hotel, samba na praça Roosevelt, Traço, Ó, Fidalga33, Rancho do Serjão, Disco, Royal, Pachá, Secreto, Dorothy, Hot Hot, Alberta#3,  Lions Club, Studio SP, Comitê, Drosophila, Squat, Exquisito, Radio Café... E uma lendária e inusitada noite na D-edge que só quem viveu pra compreender. Versão 2.0 até o sol raiar (leia-se meio dia)...

Por uma vida de música, cultura, experiências: Tardes de sábado na Praça Benedito Calixto. Manhãs de domingo nos parques. Jazz de domingo na feira de Omaguás. Tardes de domingo na Vila Madalena. Cafés nos Jardins. Cinemas de rua pra evitar o processo shopping. Livrarias, Museu da Língua, do futebol, Pinacoteca. Um 2008 recheado de tributos aos 50 anos da Bossa Nova, “Bossa na Oca” no Ibira e um curta do Carlos Nader que não me sai da cabeça. Uma Virada Cultural memorável ao som de Mariana Aydar, Orquestra Imperial, Gal canta Vinicius e a reprodução do show Alegria Alegria vol.2 de Wilson Simonal de 1967 na voz do filho Simoninha. Pocket show da Céu a 6 reais no belíssimo Teatro Municipal. Show intimista da Maria Rita no SESC-Pinheiros e a mega produção da turnê Infinito Particular da Marisa Monte. Herbie Hancock, Macy Gray e um dos melhores da vida na faixa, na chuva, na lama, no Parque Villa Lobos. The Wailers num tempo em que eu já sabia que Bob Marley não canta “Don’t worry, be happy”. Mais um show do Paul McCartney na vida que dispensa comentários.  E na minha última semana de São Paulo, um achado que por anos ensaiei conhecer: Casa de Francisca, un pequeño café-teatro.

Pela gastronomia do mundo em uma cidade: Cozinha tradicional, contemporânea, cosmopolita, exótica, de rua, de boteco, de feira, caseira, veggie, junkie, brasileira, regional, internacional. Experiência pura, prazer puro. Um tortelli de pupunha, abóbora e melão do Maní. Um tarde de maridas em clima mineiro, culinária brasileira contemporânea no Vila das Meninas. O melhor brownie do mundo com sorvete de pistache no Skye. Um café da manhã orgânico no Parque da Água Branca. Almoços veggies sem hora pra acabar no experiência pura, Zym. Chocolate quente Du Jour. Parrilla em excesso e exagero do Don Curro. Hamburguer do Hobby Lanches. Tiramisu do Gero. Pão folha com zátar assado na hora do Saj, trio de pastas do Pita Kebab e coalhada seca do Arabesco. Um japonês tradicional escondido em Pinheiros. Brigadeiros gourmets da Maria Brigadeiro. Massa fresca ao molho de calabresa numa Kombi na esquina da Sumaré. Uma noite no Kaa que nem precisava de comida boa pra ser início de algo especial. Um último Skye que mais uma vez me rendeu distrações amorosas semanas antes de viajar. Um último sorvete de jabuticada da Taberebá às 3h da tarde de uma segunda-feira qualquer (tipo... hoje!). 

Agradecimento àqueles que me adotaram nos domingos pros almoços de família, a 2 ou pra uma breja de café da manhã de domingo na Vila quando a saudade de casa - outra casa chamada Guaratinguetá - batia.

Por um apartamento de 30m2 que guarda histórias, momentos, lembranças: Momentos a um, a dois, a três, a sete. Sessões gourmets. Domingo a noite de maridas. Cerveja na sacada. Noite dos mascarados pré carnaval. Esquentas, amigos, amores. E  na melhor companhia, uma última pizza acompanhada do apoio ao desapego final necessário pra se fechar um apartamento, uma ciclo, uma vida.

E é hora de partir. 

segunda-feira, 14 de março de 2011

Carnaval, ato 2: Sargento Pimenta e a Banda do Clube dos Corações Solitários

Sargento Pimenta e a Banda do Clube dos Corações Solitários 
E aos amantes de Beatles e samba... eis o paraíso!

A multidão ...
... A farra de Carnaval em grande estilo ...
... a bateria ...
... o trio ...
... Beatles + samba ...
= Sargento Pimenta
All my loving
Lucy in the sky with diamonds
Abbey Road é logo ali
Yellow submarine
Let it be
Love and samba is all you need!
E aí vai um gostinho da melhor surpresa do Carnaval 2011...



"We hope you will enjoy the show, Sit back and let the evening go! Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band!" 

Fotos: http://ihateflash.net/

domingo, 13 de março de 2011

Carnaval, ato 1: Cordão do Boitatá

Cordão do Boitatá - Domingo, 9h - Praça XV, Centro
Manhã dos Mascarados

Entre a realidade ...
... e a magia ...
...Entre monstros ...
... princesas, cisnes e noivas ...
... a magia do Carnaval se escreve sem preconceito de idade, cor, raça, sexo ...
... Tudo é permitido...
Afinal...  "é Carnaval, não me diga mais quem é você. Amanhã tudo volta ao normal, deixa a festa acabar, deixa o barco correr, deixa o dia raiar"

Carnaval em 4 atos

Despertador às 6 da manhã. Banho gelado de havaianas. Algumas horas de sono entre um batuque e outro. 2 Antarticas por R$5,00. Xixi na rua. Chorume no pé. Chuva, muita chuva. Metrô mais lotado do que estação da Sé às 6 da tarde de sexta-feira. Batucada no metrô, batucada no busão, um chorinho na barca Rio-Niterói com a velha guarda do samba carioca. Milhares e milhares de foliões na rua. Corrida atrás de blocos que sempre acabavam antes de pensarmos em chegar...  
Eu que não sou lá muito fã de Carnaval (Salvador no currículo, mas últimos carnavais #luxornotmyworld em Tabatinga de barco e Jeriocoacoara curtindo o pôr do sol ilustram melhor meu estilo carnavalesco)... Me rendi ao caos, perrengue, colorido, musicalidade, fervo e miscelânea de gente que é o Carnaval carioca. E a-m-e-i!

Através do colorido lúdico das cenas carnavalescas, apresento a seguir as diferentes faces deliciosas do carnaval de rua da Cidade Maravilhosa.

PS: As fotos a seguir não são de minha autoria. Dica 1 do Carnaval carioca: Por um Carnaval livre, adote a máxima "sem lenço, nem documento" (ok, leve um documento).

sábado, 12 de março de 2011

Rio para gringos (e não gringos)

Metade exploradora, metade conhecedora, eterna apaixonada pelo Rio de Janeiro. Minha alma canta toda vez que piso em terras cariocas... Aproveito, assim, a vinda da minha amiga gringa (a mesma do último post) para explorar alguns metros quadrados cariocas ainda desconhecidos e dividir algumas velhas  paixões e achados da capital.  

Pela orla carioca ...
Uma volta de carro, bike, a pé pela orla. Um chopp bem tirado no Sindicato do Chopp, no Leme. O calçadão pura Bossa Nova de Copacabana e o pernil com abacaxi do Cervantes. As ruas de Ipanema onde Vinicius e Tom imortalizaram a Garota de Ipanema. O burburinho do fim de praia no Posto 12 e o charme da Rua Dias Ferreira, no Leblon. Lagoa Rodrigo de Freitas de bike. Ver o sol se esconder atrás do Morro dos 2 irmãos em meio a aplausos emocionados, no Arpoador. E se o corpo pedir mais cerveja, troque o pé na areia pelo quase pé na areia Bar Astor (filial do nosso Astor paulista) com direito a chopp e petiscos de primeira. 
Minha alma canta...

Floresta da Tijuca e outros verdes ...
Uma manhã no Parque Lage: Rodeado pela Floresta da Tijuca, casarão de arquitetura romana, piscina de um verde escuro belíssimo, cheio de marcas da História e Cultura Contemporânea (antigo engenho de açúcar, hoje é casa da Escola de Artes Visuais do Rio). Piquenique com vista pro chafariz ou brunch no Café Du Lage com vista pra piscina. Na lista dos meus programas prediletos em terras cariocas. Há algumas quadras dali, Jardim Botânico, a magnitude daquelas palmeiras que parecem tocar o céu e o visual dos lagos de vitórias-régias. E assim como quem não quer nada, lá está ele... Cristo Redentor de braços abertos sobre a Guanabara.
Parque Lage, um achado europeu em terras cariocas
Café da manhã com piscina romana e Mata Atlântica ao fundo
beleza das vitórias-régias
E a surpresa do dia...

Lapa, Santa Teresa e boêmia carioca ...
Hora de boêmia carioca: Lapa para conferir se a nata da malandragem não existe mais. Arcos da Lapa e aquele zumzumzum do povo, do pandeiro, do boteco. Subida de Bondinho até Santa Teresa e boêmia de agora e outrora em cada metro quadrado de paralelepípedo do mais boêmio dos bairros cariocas. Com ares de Montmatre parisiense, arquitetura espanhola e gingado brasileiro, o bairro encanta. Pra andar sem rumo e descubrir um boteco escondido, uma mercearia antiga, um casarão do século passado, um morador cheio de história pra contar... E se não achar nada (!), fica a dica dos meus 3 cantos prediletos no miolo do Largo dos Guimarães: Feijoada no Bar do Mineiro, PF do Bar Simplesmente e horas a fio na livraria/café/pizzaria/centro cultural/roda de samba/o que você quiser que seja num dos casarões mais belos (e repleto de passado escondido) do bairro boêmio: Largo das Letras. Agora se você procura luxo, Aprazível ou Bar dos Descasados do alto do Hotel Santa Teresa... Mas quem precisa de luxo quando se está no alto da boêmia carioca?
Sob os arcos da Lapa
Santa Teresa com ares de passado
Bar Simplesmente
Aquela tal malandragem não existe mais (ou existe?)

Niterói, do lado de lá da Ponte ...
Um dia do lado de lá da ponte por motivos que vão além dos cartões postais do Rio de Janeiro, do outro lado da Baía da Guanabara. As praias oceânicas, sua água cristalina em meio a morros, suas belas ondas, surfistas e clima carioca puro (destaque para Itacoatiara). O Museu de Arte Contemporânea sob arquitetura do nada mais, nada menos Oscar Niemeyer tem a mais bela vista do trio Baía + Pão de Açúcar + Cristo enquadrados pela obra em forma de disco voador. E um dos mais belos achados boêmios escondidos atrás do MAC, o Quiosque Cheiro de Mar: clima descontraído, cerveja trincando a R$ 3,00 a garrafa, cardápio humilde a preço honesto e claro... a bela vista pro lado de lá. Perfeito para ver o sol se pôr bebericando uma cerveja com vista de camarote. Imperdível! (Passando o MAC, vire a esquerda e suba até o final da ladeira).
Niemeyer enquadra o mais famoso cartão postal carioca, do lado de lá da Baía
Quiosque Cheiro de Mar: cerveja ... 
... e a vista pro cartão postal carioca

Praias cariocas ... 
Os praianos em questão (me incluo nessa) já devem estar implorando por um mergulho de mar e dia estirado na areia sensação térmica 50ºC das praias cariocas. Não sou exatamente guia praias Rio de Janeiro: já tentei alguns metros quadrados famosos e ainda não encontrei meu lugar ao sol carioca (Sabe aquele quiosque com cerveja no ponto e atendimento nota 10? Pedaço de areia vazio? Tio do guarda-sol que te dá um desconto e olha suas coisas enquanto você dá um mergulho? Não achei...). Mas fato é: a experiência carioca não será completa sem aquele sol do Saara trincando na cabeça, os surfistas marrentos, as cariocas gostosas, biscoitos Globo, Mate gelado, cerva Antartica, futvôlei... Tudo isso com um excesso sonoro delicioso de shiiiis pra te lembrar que você está em terras cariocas. Não se atreva a sair do Rio sem um dia in-tei-ri-nho dedicado às belas praias que contornam a orla. 
Rio, seu mar, praias sem fim...
...Rio, você foi feito pra mim.
Em tempo: Há meses ensaio uma ida às praias da Zona Oeste (Prainha, Reserva, Grumari, Macumba...), em busca de uma praia mais vazia, visual menos urbano, público mais tranqüilo (diga-se surfistas gatos e selvagens). Fica a dica. 

Do alto do Pão de Açúcar, do baixo da Urca ... 
Escolha um dos 2 pontos turísticos mais famosos para uma bela vista e foto de cartão postão: Cristo ou Bondinho. Eu escolho Bondinho sem pensar 2 vezes: pela infra, pela vista, pela cerveja no meio do caminho e no topo do Pão de Açúcar. Vá no fim do dia, impreterivelmente: o sol se pondo, a cidade escurecendo e as luzes brilhando sob a imensidão do Pão de Açúcar.
Do alto do Pão de Açúcar, a noite cai na Baía de Guanabara

E pra fechar o dia e experiência carioca, uma última (ou primeira de várias) cerveja na mureta do Bar Urca. Às margens da Baía de Guanabara, aos pés do Cristo, um bar, uma mureta, várias cervejas Original e uma gastronomia botecana um tanto quanto digna. Mais um belo achado carioca.
Original na mureta do Bar Urca, o melhor da vida carioca

Enquanto o filme "Rio, eu te amo" ainda está no forno, fecho com Cidade Maravilhosa de Fernando Meirelles que levou o Rio ao posto de cidade-sede das Olimpíadas 2016. Diante de tamanha beleza, musicalidade e energia carioca, todos os poréns da capital carioca parecem distantes. E nessas horas (e em todas outras que piso em território carioca), me pergunto se não é a hora de mudar de vez pro Rio. Será?


quarta-feira, 2 de março de 2011

São Paulo para gringos

Post dedicado ao fim de semana São Paulo com uma amiga meio-suíça, meio-italiana, que conheci na Australia, fiquei amiga em Fiji e divimos os encantos do Sul da França. E agora encantada, simplesmente encantada por São Paulo. Fica o registro para os próximos gringos de nossas vidas.

São Paulo das luzes
Comece apresentando São Paulo a noite, de carro. Longe do caos, do trânsito, do cinza e numa versão iluminada, a cidade tem um brilho diferente. Marginal Pinheiros sentido Morumbi, passe em frente ao Shopping Cidade Jardim, cruze a Ponte Estaiada. Em seguida, Parque Ibirapuera e o monumento às Bandeiras. Siga para a Paulista pela Av. Brasil. Pronto. Nesse ponto "o gringo" (vamos assim chamá-lo) já compreendeu a magnitude, beleza urbana e riqueza de São Paulo (que em nada se assemelha à visão distorcida de capital de 3o mundo que ele tinha na cabeça até então).

Se o gringo for da noite, escolha uma das várias opções de música e público bom (seja lá o que isso queira dizer segundo seu entendimento e do gringo). A escolhida foi a pseudo-eclética, não por isso menos divertida, Casa 92. Se o gringo for versão macho, vai ficar deslumbrado com a beleza e simpatia brasileira. Versão fêmea, vai entender que brasileiro é o ser mais xavequeiro do universo (E vai adorar essa parte!). E assim é dada a largada ao fervo brasileiro.

Casa 92 sob um céu de luzes piscantes

PS: Desista de apresentar, ali, a caipirinha que o gringo não pára de te perguntar desde que pisou em São Paulo. Not good, vá de Stella. Se o gringo insistir na caipirinha, leve-o, num outro momento, ao Veloso pra melhor caipirinha de São Paulo. 


Circuito Centro
"Do luxo ao lixo", a manhã seguinte é dia de Centro e de ver a cara de São Paulo (Afinal, o quadrilátero Oscar Freire, Lorena, Haddock, Augusta não é  exatamente um retrato fidedigno da realidade pauslitana, certo?). De metrô até a Luz, faça o trio Estação da Luz, Museu da Língua Portuguesa e Pinacoteca (Ótima oportunidade pra conhecer o olhar de Ricardo Teles sobre o cotidiano africano em forma de fotografia). A hora que o gringo estiver bemmm cansado, leve ele pra um volta rápida na José Paulino (Afinal, alguém teve a brilhante idéia de falar sobre esse programa imperdível para o gringo!).

Pinacoteca, européia demais pros europeus
"O lado de lá" de Ricardo Teles. Imperdível para os apaixonados por África e Fotografia
José Paulino das compras zero (ufa!)

Depois dessa overdose Centro, se seu gringo aguentar, uma última parada na estação São Bento para conhecer a variedade de sabores e cores no Mercadão.  Meu gringo não aguentou, mas fica a dica: no lugar daquelas camadas indigestas do famoso pão com mortadela, pare numa das bancas de frutas. Os feirantes vão adorar uma sessão degustação de frutas exóticas para o gringo. 

Culinária Brasileira, comidinhas e afins...
De volta ao luxo. Hora de impressionar o gringo com a culinária contemporânea carregada de elementos regionais brasileiros. Chefs como Morena Leite, Helena Rizzo e as mineiras do Vila das Meninas são a cara do Brasil em forma de modernidade. Sugestões: Bobó de camarão do Maní. Seleção de miniaturas de banana da terra, carne seca com abóbora, casquinha de camarão com farofa de dendê, mini acarajé acompanhados de caipirinhas brasileiríssimas no Brasil a Gosto. Peixe com banana e leite de coco em clima deliciosamente mineiro na Vila das Meninas.  E qualquer uma das criações do nada mais, nada menos que Alex Atala no Dalva e Dito (ainda não testei...). O escolhido da vez foi o Maní. Atendimento, ambientação e paladar 100% brazuca. E só pra escancar que não existe no mundo atendimento melhor que o de São Paulo: ao perceberem a presença de uma estrangeira na mesa, cardápio em inglês pra ela e em português pra mim. Ponto pra São Paulo. 

Maní: culinária, ambiente e atendimento 100% brasileiro

Ainda sobre sabores brasileiros: Deixe a feijoada para terras cariocas e churrascaria para terras gaúchas e apresente os sabores brasileiros do dia a dia. Empadinhas e cerveja Original trincando. Picolés Frutos do Serrado sabor açaí, seriguela, graviola, cajá, jabuticaba e outros tantos brasileiríssimos. Sorvete de melancia com tapioca na Taberebá. Água de coco. Açaí na tigela. Biscoito de polvilho. Pão de queijo quentinho. Brigadeiro direto da panela. Pão na chapa de padaria. Pastel e garapa na feira...

Nem um dia sequer sem brigadeiro

Samba, samba and samba
Se der a sorte que eu dei e receber seu gringo em pleno pré carnaval, não tem segredo: blocos nas ruas de São Paulo ou ensaio das escolas de samba. Tarde de sábado no bloco da Vila Madalena e fim da noite nos botecos. Mais brasileiro que isso, impossível...  Em meses convencionais, samba de qualidade no Ó do Borogodó e Traço de União.

Compras, luxo e Jardins
De volta ao luxo, parte 2. Domingo é dia do quadrilátero zero a cara de São Paulo e nem por isso menos agradável: circuito Jardins. Antes do luxo, uma parada na feira de Domingo da esquina Lorena x Augusta pra um pastel e caldo de cana. 
Comidinhas: pastel de feira e garapa

Parada no Mercadinho Chic para a experiência feira do seu gringo (dica: feirinhas de antiguidade a la Benedito Calixto, Omaguás e vão do MASP não são lá muito sucesso entre os europeus. "Sério que você me trouxe da Europa até aqui pra ver essas velharias em forma de feira que eu conheço em versão maior e melhorada na minha terra natal?" Quit it.).  
Mercadinho Chic: versão mais cara e menos hippie das feiras de artesanato e antiguidades

Caminhe pelas ruas luxo. A hora que você não aguentar mais seu gringo em dúvida sobre qual das mil havaianas escolher, pare para um café ou para uma leitura na Livraria da Vila. A tarde de compras não foi suficiente para os vários Euros do seu gringo? Enquanto você trabalha na 2a feira, deixe ele se esbaldando em um dos shoppings de São Paulo. Sozinho. 
Espaço Havaianas na Oscar Freire, paraíso dos gringos

São Paulo das vistas mil
E pra fechar do alto da experiência paulistana (literalmente), escolha um dos 3 restaurantes com melhores vistas de São Paulo: Terraço Itália para os tradicionais, The View para os casais, e Skye para os... bem... para nós! Um drink do alto do Hotel Unique, gastronomia  moderna sob direção de Emmanuel Bassoleil, luzes e mais luzes, novos amigos  do mundo entre um drink e outro. Mais cosmopolita impossível. 
luzes ...
drinks ...
... e amigas do mundo se econtrando mundo afora. =)

E dá pra não se apaixonar por São Paulo?