terça-feira, 19 de outubro de 2010

Praia da Pipa-RN: parte 2 - a Trip

DIA 1: Após uma longa madrugada, as 5 meninas divididas em vôos diferentes, chegamos à Natal. No caminho à Pipa, entre um cochilo e outro, vimos o sol nascer e a temperatura de 32º ferver às 6h da manhã. Cochilo rápido no Zicatela hostel (“era um hostel muito engraçado, não tinha teto, não tinha nada”), um café da manhã simples e delicinha e bora pra Praia do Amor! 


Entre o hostel e a praia, uma escadaria improvisada entre as falésias dá acesso ao paraíso. E que bela vista do alto! E que bela descida! A paisagem encanta e o contraste de cores das falésias alaranjadas e do verde azulado (ou azul esverdeado?) faz a longa escadaria uma descida ao paraíso. E enfim, a Praia do Amor! Tem nome mais sexy e sensual pra uma praia do que praia do Amor?! Eleita pela Veja SP uma das 10 praias brasileiras mais sexy, a Praia do Amor foi presenteada com esse nome delícia graças ao formato curvilíneo que faz com que a areia - branca e fofa - tenha o desenho de um coração. 


Após cervejinha e bronze na praia mais love and sexy do Brasil, seguimos à esquerda sentido Sul de Pipa. Parada na Baía dos Golfinhos pra mais uma cervejinha e finalmente a praia mais linda: Praia do Madeiro. O verde azulado do mar é mais a azul e a encosta fica ainda mais exótica com as falésias cobertas de verde. Não vimos golfinho, mas achamos o “Gato da praia” e biquínis lindos a 20 reais o conjunto.


Mais uma escadaria, mas agora a subida já não é tão bela com o cansaço (até é, mas o foco deixa de ser a paisagem e passa a ser respiração, glúteos, pernas e abdômen).
Soninho pra compensar a noite anterior não dormida, e após várias tentativas frustradas do despertador, bora pro fervo às 2h da manhã. Fervo? Que fervo?! O único agito da cidade era a “boate” Kalango, repleta de mano yo, rolando um eletrônico bad. Vibe errada... tsc tsc tsc. Cadê os surfistas, gringos, loucos, hippies? Segundo o taxista, “é a crise na Europa”... O máximo de gringos que vimos foram algumas argentinas com backside e topless na praia. 

Bora dormir e aproveitar o dia seguinte. E eis que a Teilão fica sem cama porque o Nilo, doggy muito fofo e crazy do hostel, elege a cama dela como seu posto e avança em qualquer um que tenta tirá-lo de lá. E ele é só um salsichinha mineiro um pouquinho alterado (ele lambe as patinhas de nervoso... e toma Gardenal). 



Highlight do dia: Lembram da nossas previsões sobre o sexto elemento surfista solitário no nosso quarto do hostel? Se concretizou! No nosso quarto sem teto e sem janela, tinha um surfista / fotógrafo / viajante costa-riquenho solitário dormindo. Recado do Neto (marido da Violeta, casal fofo donos do hostel): “Avisa o gringo quando ele acordar que não, ele não acordou no paraíso com 5 mulheres à volta”. A gente bem que tentou avisar, mas no começo ele não entendia uma palavra do que a gente tagarelava. Demorou pra apeláramos pro inglês... salve salve língua universal! E “obrigada jejuiiiiz” por ter nos dado o prazer de ouvir a Júlia arrastar um inglês no mínimo charmoso: “Because sometimes I perhaps...”.

DIA 2: Dessa vez, lado direito de Pipa, rumo ao norte, caminhada sem fim, sol trincando. Visual lindo (não tão lindo quanto o sul) de um litoral mais recortado por pedras escuras e um “visual mais galáctico” (muito bem definido pela japa Nic. Efeito sol desencadeia essas análises profundas sobre um simples litoral com pedras pretas. Eu contento-me em dizer que o visual lembrou Jericoacoara-CE). 



O ponto alto do dia foi o pôr do sol no Tibau.


Detalhe para o dia no calendário: 10/10/10. Para os místicos, abertura do portal da abundância. Para nós, desculpa pra brindar mais uma cerveja quente, típica do Nordeste. Acreditando ou não na filosofia mística, aquele pôr do sol de tirar o fôlego (mais um na minha vida... Obrigada!) pediu um ritual de passagem. E praticamos o Sudarshan Kriya® (técnica de respiração) enquanto o sol caía no horizonte. “Inspira, 2,3,4. Inspira, 2,3,4, Inspira...”.  


Jantar rápido no Mexicano. Na noite pipense, desistimos de mais um fervo vibe errada, e dessa vez ignoramos o despertador e dormimos até às 8h da manhã do dia seguinte. 

DIA 3: Rumo à nossa praia predileta: Praia do Madeiro. O sol tava trincando tanto, que pediu novamente uma parada na Baía dos Golfinhos. Dessa vez vimos golfinhos (a Júlia e a Nic perderam porque ficaram pra trás pra tomar uma cerveja gelada – provavelmente a única cerveja devidamente trincando, porque elas juram de pé juntos que valeu perder os golfinhos em troca da cerveja). 


Desistimos da Praia do Madeiro temporariamente, e passamos a tarde na Baía dos Golfinhos. Não sei se foi o excesso de cerveja, sol na cabeça ou respiração do dia anterior... mas eis que surge um Sawyer uruguaio direto da Ilha de Lost disfarçado de vendedor de sanduíche de praia. Agora não sei se foi o efeito beleza, charme ou sedução, mas long story short, cada uma comeu 2 sandubas naturais. Seguidos. A Luli bem que pediu um sushi... Ou chamou o moço de sushi... Enfim... Resumindo o cara sentou na canga de umas velhas argentinas e deixou as 5 chupando o dedo.


A essa altura, já éramos 6 viajantes. 5 sexy ladies + o gringo de porto riquenho. A dificuldade era lembrar o nome do gringo, então permitimo-nos chamá-lo de Santiago / Salvador / Sebastian. E ele atendia pelos pseudônimos. Não, nenhuma sexy lady se engraçou com o gringo. A gente bem que tentou agitar a Júlia, mas no game... Depois de uma conversa bizarra em que a Júlia perguntava num inglês divertidíssimo se ele tinha namorada e ele respondeu “no, but I want ladies... Im horny all the time”, acho que a gata assustou. Pras minhas queridas velhas amigas que acompanharam minha queda gringa no passado, guess what?! Passou a febre gringos, girls. Um cara tem que ter bem mais do que um sotaque sexy hoje em dia pra me ganhar! (O Sawyer do Uruguai tinha bem mais do que um sotaque sexy...).  


Finalmente uma noite digna de Pipa. Esqueçam balada forte, o jeito foi um jantarzinho suave (suave pra Luli que comeu o pior risotto de frutos do mar da vida e não tão suave assim pra Júlia, que comeu uns 7 pedaços de pizza + lasanha + batata frita num rodízio minimamente estranho...) ao som de um MPB perfeito (finalmente, uma música de qualidade. Alguém avisa que em paraísos como esse músicas como “ela tá de saia, de bicicletinha, uma mão vai no guidão outra vai lá na calcinha” deveria ser proibida?), seguido de um sambinha delicioso pra fazer o gringo Santiago / Salvador / Sebastian feliz. E um nordestino mexendo as cadeiras que nos deixou tímidas (não no bom sentido... esquema 3º colegial em Porto Seguro, sabe?). Last night, girls!


DIA 4: Apesar da minha resistência a qualquer passeio que se assemelhe a turismo comercial, a trip à bordo de um pau de arara (um Defender, na verdade) foi sensacional e fechou a viagem com chave de ouro. O motorista/guia, Eduardo, tem a clássica história: carioca, largou tudo pra morar um tempo na Europa. Na volta, parada rápida na Praia da Pipa é o suficiente pra ele perceber que a cidade grande, caos e violência doesn’t fit anymore. Bora pra Pipa, surfar, praticar sandboard, levar umas gatas à bordo do Defender e fumar um curtindo um pôr do sol incrível... Um guia desse não tem como deixar um passeio comercial, certo?

Destaques do passeio:


- Admirar o visual do alto do Chapadão, sessão fotos turista, e o fotógrafo e produtor mais fofo em miniatura do mundo: Cláudio.




- Cruzar a Barra do Cunhaú de barco a vela com o Seu “Séverino”, encantado com a sereia Luli (a gata tem um poder de atração forte sobre vendedores de biquíni, taxistas e pescadores... e não, não numa versão Sawyer uruguaio), recitando trovas e contando as melhores histórias de pescador com um sotaque nordestino delicioso (dentre outras, a história do peixe-boi Chuchu, que morava naquele encontro de rio e mar, se machucou com a hélice de uma lancha e foi transferido para uma reserva no estado da Paraíba). 

 


- Curtir a imensidão deserta da Praia do outro lado (lado de lá da Praia Barra de Cunhaú), lotada de kitesurfistas praticando manobras do lado rio (mais calmo) e do lado mar (mais agressive). 



- Após uma longa caminhada ao topo da duna numa areia macia (not good pra uma subida daquelas pós cervejinhas nordestinas quentes), mais um pôr do sol pra ficar na memória e no coração. Digno de cada passo. Obrigada Jejuizzzzzzzzzz! 



THE END

Obs: Decidimos não registrar fotograficamente a cena, mas fica na memória nossa experiência de novas atletas do sandboard das areias do Nordeste. Aguardem-nos.

6 comentários:

  1. Adoreiii Lilis!!!
    Suas viagens sempre cheias de aventuras... engraçadas com sempre!
    Saudades do fervo com vcs!
    ai ai !
    espero ansiosamente um futuro post BG!
    hehehe
    beijoooo

    ResponderExcluir
  2. aiiii BG.... aguarde-nos. Blog com censura ou canções disfarcadas... "meu nome é lili, taran taran..."

    ai.... o sawyer......

    ResponderExcluir
  3. irmã!!
    Adoreeeei o post! Quero muito uma viagem com vc! com fotos dignas!! hahaha
    adorei o nillo.


    e o sawyer!! =0

    Bjos irmã!

    ResponderExcluir
  4. Florr, já dá para escrever um livro!! vc transmitiu de uma maneira deliciosa como foi sua trip!! Demaissss!!Ameii!! Me manda seus dossies!!rs
    Adorooo
    bjoss

    ResponderExcluir
  5. obrigada meus amores!

    lala, o visto ta a caminho. qm sabe... ;)

    quelzinha, dossies Beatles Bossa Nova e outros assuntos q a gente adora a caminho.

    ResponderExcluir