sábado, 12 de março de 2011

Rio para gringos (e não gringos)

Metade exploradora, metade conhecedora, eterna apaixonada pelo Rio de Janeiro. Minha alma canta toda vez que piso em terras cariocas... Aproveito, assim, a vinda da minha amiga gringa (a mesma do último post) para explorar alguns metros quadrados cariocas ainda desconhecidos e dividir algumas velhas  paixões e achados da capital.  

Pela orla carioca ...
Uma volta de carro, bike, a pé pela orla. Um chopp bem tirado no Sindicato do Chopp, no Leme. O calçadão pura Bossa Nova de Copacabana e o pernil com abacaxi do Cervantes. As ruas de Ipanema onde Vinicius e Tom imortalizaram a Garota de Ipanema. O burburinho do fim de praia no Posto 12 e o charme da Rua Dias Ferreira, no Leblon. Lagoa Rodrigo de Freitas de bike. Ver o sol se esconder atrás do Morro dos 2 irmãos em meio a aplausos emocionados, no Arpoador. E se o corpo pedir mais cerveja, troque o pé na areia pelo quase pé na areia Bar Astor (filial do nosso Astor paulista) com direito a chopp e petiscos de primeira. 
Minha alma canta...

Floresta da Tijuca e outros verdes ...
Uma manhã no Parque Lage: Rodeado pela Floresta da Tijuca, casarão de arquitetura romana, piscina de um verde escuro belíssimo, cheio de marcas da História e Cultura Contemporânea (antigo engenho de açúcar, hoje é casa da Escola de Artes Visuais do Rio). Piquenique com vista pro chafariz ou brunch no Café Du Lage com vista pra piscina. Na lista dos meus programas prediletos em terras cariocas. Há algumas quadras dali, Jardim Botânico, a magnitude daquelas palmeiras que parecem tocar o céu e o visual dos lagos de vitórias-régias. E assim como quem não quer nada, lá está ele... Cristo Redentor de braços abertos sobre a Guanabara.
Parque Lage, um achado europeu em terras cariocas
Café da manhã com piscina romana e Mata Atlântica ao fundo
beleza das vitórias-régias
E a surpresa do dia...

Lapa, Santa Teresa e boêmia carioca ...
Hora de boêmia carioca: Lapa para conferir se a nata da malandragem não existe mais. Arcos da Lapa e aquele zumzumzum do povo, do pandeiro, do boteco. Subida de Bondinho até Santa Teresa e boêmia de agora e outrora em cada metro quadrado de paralelepípedo do mais boêmio dos bairros cariocas. Com ares de Montmatre parisiense, arquitetura espanhola e gingado brasileiro, o bairro encanta. Pra andar sem rumo e descubrir um boteco escondido, uma mercearia antiga, um casarão do século passado, um morador cheio de história pra contar... E se não achar nada (!), fica a dica dos meus 3 cantos prediletos no miolo do Largo dos Guimarães: Feijoada no Bar do Mineiro, PF do Bar Simplesmente e horas a fio na livraria/café/pizzaria/centro cultural/roda de samba/o que você quiser que seja num dos casarões mais belos (e repleto de passado escondido) do bairro boêmio: Largo das Letras. Agora se você procura luxo, Aprazível ou Bar dos Descasados do alto do Hotel Santa Teresa... Mas quem precisa de luxo quando se está no alto da boêmia carioca?
Sob os arcos da Lapa
Santa Teresa com ares de passado
Bar Simplesmente
Aquela tal malandragem não existe mais (ou existe?)

Niterói, do lado de lá da Ponte ...
Um dia do lado de lá da ponte por motivos que vão além dos cartões postais do Rio de Janeiro, do outro lado da Baía da Guanabara. As praias oceânicas, sua água cristalina em meio a morros, suas belas ondas, surfistas e clima carioca puro (destaque para Itacoatiara). O Museu de Arte Contemporânea sob arquitetura do nada mais, nada menos Oscar Niemeyer tem a mais bela vista do trio Baía + Pão de Açúcar + Cristo enquadrados pela obra em forma de disco voador. E um dos mais belos achados boêmios escondidos atrás do MAC, o Quiosque Cheiro de Mar: clima descontraído, cerveja trincando a R$ 3,00 a garrafa, cardápio humilde a preço honesto e claro... a bela vista pro lado de lá. Perfeito para ver o sol se pôr bebericando uma cerveja com vista de camarote. Imperdível! (Passando o MAC, vire a esquerda e suba até o final da ladeira).
Niemeyer enquadra o mais famoso cartão postal carioca, do lado de lá da Baía
Quiosque Cheiro de Mar: cerveja ... 
... e a vista pro cartão postal carioca

Praias cariocas ... 
Os praianos em questão (me incluo nessa) já devem estar implorando por um mergulho de mar e dia estirado na areia sensação térmica 50ºC das praias cariocas. Não sou exatamente guia praias Rio de Janeiro: já tentei alguns metros quadrados famosos e ainda não encontrei meu lugar ao sol carioca (Sabe aquele quiosque com cerveja no ponto e atendimento nota 10? Pedaço de areia vazio? Tio do guarda-sol que te dá um desconto e olha suas coisas enquanto você dá um mergulho? Não achei...). Mas fato é: a experiência carioca não será completa sem aquele sol do Saara trincando na cabeça, os surfistas marrentos, as cariocas gostosas, biscoitos Globo, Mate gelado, cerva Antartica, futvôlei... Tudo isso com um excesso sonoro delicioso de shiiiis pra te lembrar que você está em terras cariocas. Não se atreva a sair do Rio sem um dia in-tei-ri-nho dedicado às belas praias que contornam a orla. 
Rio, seu mar, praias sem fim...
...Rio, você foi feito pra mim.
Em tempo: Há meses ensaio uma ida às praias da Zona Oeste (Prainha, Reserva, Grumari, Macumba...), em busca de uma praia mais vazia, visual menos urbano, público mais tranqüilo (diga-se surfistas gatos e selvagens). Fica a dica. 

Do alto do Pão de Açúcar, do baixo da Urca ... 
Escolha um dos 2 pontos turísticos mais famosos para uma bela vista e foto de cartão postão: Cristo ou Bondinho. Eu escolho Bondinho sem pensar 2 vezes: pela infra, pela vista, pela cerveja no meio do caminho e no topo do Pão de Açúcar. Vá no fim do dia, impreterivelmente: o sol se pondo, a cidade escurecendo e as luzes brilhando sob a imensidão do Pão de Açúcar.
Do alto do Pão de Açúcar, a noite cai na Baía de Guanabara

E pra fechar o dia e experiência carioca, uma última (ou primeira de várias) cerveja na mureta do Bar Urca. Às margens da Baía de Guanabara, aos pés do Cristo, um bar, uma mureta, várias cervejas Original e uma gastronomia botecana um tanto quanto digna. Mais um belo achado carioca.
Original na mureta do Bar Urca, o melhor da vida carioca

Enquanto o filme "Rio, eu te amo" ainda está no forno, fecho com Cidade Maravilhosa de Fernando Meirelles que levou o Rio ao posto de cidade-sede das Olimpíadas 2016. Diante de tamanha beleza, musicalidade e energia carioca, todos os poréns da capital carioca parecem distantes. E nessas horas (e em todas outras que piso em território carioca), me pergunto se não é a hora de mudar de vez pro Rio. Será?


Um comentário:

  1. Sera? Voce ainda tem duvida irma? Vem morar comigo! Talvez agora cada um no seu apto ia ser um pouco melhor! Mas seria a minha parceira perfeita de praia e cervejinha para o final do dia!
    Voltando da viagem pode pensar BEM sobre esse assunto!
    Bjos sis!
    Adorei o post! Vou ser sua gringa na proxima semana =)

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