sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pelas estradas de Provence, parte 2: Aix-en-Provence

Aix-en-Provence: Terra de Cézanne, das águas (diga-se fontes) e das patisseries de calissons (docinhos de amêndoas que conseguem ser ainda mais charmosos que os parisienses macarons). A cidade de 150 mil habitantes tem o melhor da cidade grande em forma de charme provençal. Roteiros gastronômicos se misturam aos passos de Cézanne. Uma vida cosmopolita de cafés, ateliês, livrarias em perfeita harmonia com o perfume e colorido das grand marchés, das flores colhidas no campo, no pão fresco da boulangerie e outros  tantos sinais de vida simples provençal. 

Terra natal e fonte de inspiração de Cézanne
Ateliê de Cézanne
E como não falar de gastronomia na meca dos prazeres sensoriais? A chamada Cuisine du Soleil valoriza o fresco, o maduro, as ervas e frutos da estação. E assim, uma explosão de cores, aromas e sabores se faz presente das bancas de rua aos restaurantes de luxe com estrelas Michelin. 
patisseries (docinhos calissons) ...
fromageries ...
boulangeries ...
e boucheries...
E em algum lugar entre o trés simple e trés chic, um achado gastronômico por menos de 30 EUR incluindo prato principal, vinho e sobremesa. White Restaurant, Place des Augustins, 4. A melhor salada que já experimentei na vida. Folhas verdes, Queijo chévre crocante, lardons (Famoso bacon. E eu juro que odeio bacon), molho de mel, balsâmico e azeite marinado de um dia pro outro. E para acompanhar, vinho rosé de St. Tropez (e sem fazer cara feia pra vinho rosé. Os vinhos da região de Côte D'azur, bem ali do lado, são de excelente qualidade e combinam perfeitamente com a culinária provençal). Um desbunde, meus queridos. Incluam na listinha de prazeres de uma vida. Está na minha voltar.

arte contemporânea...
... culinária local ...
... vinho regional.

Confesso meu preconceito inicial com a idéia de me basear numa cidade (e não vilarejo). Em plena Provence dos vilarejos mil, de achados num labirinto de estradas de terra, das hospedagens em casarões antigos, de cafés da manhã nos jardins de inverno, de verão, de primavera, de outono... Lá estávamos nós numa cidade com mais habitantes, mais infra e mais vida cosmopolita do que minha cidade natal no interior paulista. Mas entendam: quando se chega às 22h da noite, de carro, num território desconhecido, nada mais razoável do que achar um hotel num centro iluminado, com restaurantes e um centro de informações turísticas. 

E assim surgiu Aix. E Ali nos baseamos e de lá não mais saímos. E por Aix me apaixonei.



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